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Era uma vez uma moça muito linda, mas preguiçosa e desleixada. Quando a obrigavam a fiar, ficava tão irritada que, em vez de desfazer, pacientemente, os nós que se encontravam no linho, arrancava logo um punhado e jogava-o ao chão, todo emaranhado. Ora, tinha a moça uma criada muito laboriosa e prestimosa, que recolhia o linho posto fora, o desembaraçava e o fiava; depois mandou-a a uma tecelã, que o teceu e fez um lindo vestido. A moça desperdiçada foi pedida em casamento por um jovem distinto, devendo-se, portanto, realizar dentro em breve as bodas. Na véspera da solenidade, a criada diligente dançava muito satisfeita com o belo vestido novo. Então, a noiva disse:
– Que tal essa moça, que aí se dobra,
e dança vestindo as minhas sobras?…
Ouvindo isso, o noivo, intrigado, pediu que lhe explicasse o que significava. A noiva, então, lhe explicou que a moça vestia um vestido feito com as sobras do linho que ela rejeitara. O noivo refletiu no que ela disse; então percebeu quanto ela era preguiçosa e desleixada, ao passo que a outra era laboriosa e diligente. Desfez o noivado e, deixando a noiva, foi ter com a prestimosa criadinha e tomou-a por esposa.
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