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Gentalha
Gentalha Märchen

Gentalha - Contos de fadas dos Irmãos Grimm

Tempo de leitura para crianças: 5 min

Franguinho disse à Franguinha:

– Agora é a época em que estão amadurecendo as nozes; vamos os dois à montanha e, pelo menos uma vez na vida, fartemo-nos, antes que o esquilo as carregue todas. – Sim, – respondeu Franguinha, – vamos; vamos regalar-nos fartamente. E lá se foram os dois para a montanha. Como era um dia magnífico, deixaram-se ficar até tarde. Ora, eu não sei se realmente estavam empanturrados, ou se apenas fingiam estar; só sei que não queriam voltar a pé para casa e Franguinho teve que construir um carrinho com cascas de nozes. Quando ficou pronto, Franguinha acomodou-se nele e disse:

– Agora, Franguinho, podes puxar. – Que ideia a tua! – respondeu Franguinho, – prefiro antes ir a pé para casa; não, não foi esse o nosso trato. Sentar-me na boleia e servir de cocheiro, posso fazer, mas atrelar-me e puxar, isso é que não!

Gentalha Contos de fadasImagem: Oskar Herrfurth (1862-1934)

Enquanto assim discutiam, chegou uma pata cacarejando:

– Corja de ladrões, quem vos deu licença para invadir a montanha das minhas nozes? Agora me pagareis. Precipitou-se de bico aberto sobre Franguinho, mas este, que não era nenhum covarde, atirou-se valentemente contra a pata, trepou-lhe nas costas, bicou-a e esporeou-a tão violentamente, que ela não teve remédio senão pedir mercê. Como punição, consentiu que a atrelassem ao carrinho. Franguinho subiu à boleia como cocheiro e partiram em carreira desabalada. – Corre pata; corre o mais ligeiro que puderes! Após terem percorrido bom trecho de caminho, encontraram dois peões: um alfinete e uma agulha. Estes gritaram:

– Pára! Pára! Então explicaram que já estava escurecendo e não podiam dar mais um passo sequer; o caminho estava tão lamacento! Não poderiam viajar no carrinho? Tinham estado na estalagem dos alfaiates, além dos muros da cidade, e lá se haviam retardado bebendo um copo de cerveja. Como era gente magra, não ocupavam muito espaço. Franguinho deixou-os subir. Mas tiveram de prometer não pisar os pés dele o de sua querida Franguinha. Era tarde da noite quando chegaram á estalagem, e não querendo prosseguir a viagem de noite, mesmo porque a pata estava mal das pernas, cambaleando de um lado para outro, decidiram pernoitar aí. O estalajadeiro, a princípio, tentou opor-se, inventando mil dificuldades e alegando que a casa estava lotada. Isso porque tinha a impressão de que não eram da alta sociedade.

Gentalha Contos de fadasImagem: Oskar Herrfurth (1862-1934)

Mas, tão bem souberam argumentar, prometendo-lhe que ganharia o ovo que Franguinha havia posto pelo caminho e, também, que ficaria com a pata que botava um ovo por dia, que, finalmente, ele acabou por deixá-los pernoitar. Mandaram, então, pôr a mesa e banquetearam-se alegremente. Pela manhã, logo de madrugada, quando ainda dormiam todos, Franguinho despertou Franguinha, apanhou o ovo, fez-lhe um buraquinho com o bico e juntos chuparam-no, atirando a casca na lareira. Depois, foram onde estava a agulha dormindo a sono solto, pegaram-na pela cabeça e espetaram-na no encosto da poltrona do estalajadeiro, e o alfinete espetaram na toalha de rosto. Feito isso, sem dizer a nem b, abriram as asas e foram-se voando pela planície afora. A pata, já habituada a dormir ao relento, tinha ficado no terreiro; ouvindo-os esvoaçar, acordou e foi saindo. Encontrou um regato e por ele foi nadando, descendo a corrente; era mais rápido do que puxar o carrinho. Algumas horas mais tarde o estalajadeiro, levantando-se antes dos outros, lavou-se e foi enxugar-se na toalha; então o alfinete arranhou-lhe o rosto, deixando-lhe um sulco vermelho que ia de uma orelha a outra. Foi à cozinha, onde queria acender o cachimbo, mas, ao inclinar-se na lareira, as cascas do ovo saltaram-lhe nos olhos. – Esta manhã tudo está contra a minha cabeça, – resmungou, e deixou-se cair muito irritado na sua poltrona; mas deu um pulo, gritando:

– Ai, Ai.

Gentalha Contos de fadasImagem: Oskar Herrfurth (1862-1934)

A agulha o havia espetado dolorosamente, – e não na cabeça. A essa altura, o furor dele chegou ao extremo; começou a suspeitar dos hóspedes que haviam chegado tão fora de hora na noite anterior. Foi procurá-los, mas estes já haviam desaparecido. Diante disso, o pobre estalajadeiro jurou nunca mais hospedar gentalha que, além de comer muito, não paga nada, e ainda por cima, agradece com malvadezas.

Leia outro conto de fadas curto (5 min)

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Estatísticas de contos de fadas
Valor
NúmeroKHM 10
Aarne-Thompson-Uther ÍndiceATU Typ 210
Traduções english deutsch
Índice de legibilidade de acordo com Björnsson39.1
Flesch-Reading-Ease Índice23.5
Flesch–Kincaid Grade-Level12
Gunning Fog Índice17.2
Coleman–Liau Índice11.6
SMOG Índice12
Índice de legibilidade automatizado8.2
Número de Caracteres4.161
Número de Letras3.284
Número de Sentenças46
Número de Palavras706
Média de Palavras por frase15,35
Palavras com mais de 6 letras168
percentagem de palavras longas23.8%
Número de Sílabas1.400
Média de Sílabas por palavra1,98
Palavras com três sílabas208
Percentagem de palavras com três sílabas29.5%
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