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A solha
Grimm Märchen

A solha - Contos de fadas dos Irmãos Grimm

Tempo de leitura para crianças: 4 min

Os peixes, havia muito tempo, estavam descontentes, porque em seu país não mais reinava a ordem; não se importavam uns com os outros e cada qual nadava para a direita ou para a esquerda, conforme lhe dava na cabeça, entrando pelo meio do cardume daqueles que preferiam manter-se juntos, ou, então, atrapalhava-lhes o caminho sem a menor consideração. O mais forte maltratava o mais fraco, dando-lhe rabanadas que o jogavam para longe, ou o devorava sem mais aquela.

– Oh, como seria bom se tivéssemos um rei, que fizesse respeitar entre nós a lei e a justiça! – murmuravam os peixes. Um belo dia, reuniram-se e combinaram escolher o seu senhor, o qual deveria ser o que com maior rapidez soubesse cortar as ondas e correr em auxílio do mais fraco e do que se encontrasse em perigo. Resolvido isto, colocaram-se todos enfileirados junto à margem; o lúcio deu o sinal com sua cauda e, num só arremesso, partiram todos ao mesmo tempo. O lúcio projetou-se qual uma seta e com ele o arenque, o gobião, a perca, a carpa, enfim, seja lá que nome for, todos os demais peixes. A solha também competia com eles, cheia de esperança de alcançar a meta. Subitamente, ressoou um grito:

– O arenque está na frente de todos! – Quem é que está na frente? – gritou agastada e com inveja a solha que, por sinal, ficara muito atrás dos outros. – Quem está na frente? – O arenque! o arenque! – responderam-lhe. – Aquele miserável arenque! – gritou ela espumando de inveja, – aquele miserável arenque! – e torceu a boca de raiva. Desde esse dia, por castigo, a invejosa solha ficou com a boca torta.

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Antecedentes

Interpretações

Língua

Este conto dos Irmãos Grimm, „A Solha“, é uma pequena fábula que utiliza elementos do mundo aquático para transmitir uma lição moral sobre inveja e suas consequências. A narrativa gira em torno do desejo dos peixes de terem um rei que pudesse instaurar ordem e justiça entre eles, pois estavam insatisfeitos com o caos e a agressividade prevalentes.

Para escolher seu rei, os peixes organizam uma competição baseada na habilidade de nadar rapidamente e ajudar os mais fracos. Durante a competição, o arenque se destaca e fica à frente dos outros, o que desperta a inveja da solha, que se encontra atrás. Inconformada com o sucesso do arenque, a solha reage com tanta inveja que distorce sua própria boca de raiva, e é punida com uma boca torta para sempre.

Esta fábula possui características comuns aos contos dos Irmãos Grimm, como animais antropomorfizados e uma moral clara. A história ensina que a inveja é um sentimento destrutivo que pode resultar em consequências negativas, simbolizadas pela deformidade permanente da solha. Além disso, o conto destaca valores como a justiça, a cooperação e a valorização do mérito, ao mostrar que o rei ideal deveria ser aquele que usa sua rapidez e força para proteger os mais frágeis.

Este conto dos Irmãos Grimm, „A Solha“, oferece uma narrativa sobre a busca dos peixes por ordem e liderança em sua comunidade subaquática. Através de uma competição para determinar quem seria o rei, o conto explora temas de justiça, mérito e inveja.

Os peixes decidiram escolher seu líder com base em quem poderia defender os fracos e oferecer proteção, um critério que enfatiza o valor da liderança benevolente e protetora. No entanto, ao longo da corrida, vemos como a inveja pode obscurecer o julgamento e provocar comportamentos indesejáveis.

A solha, que participa da corrida cheia de esperança, se vê tomada por inveja quando ouve que o arenque está na dianteira. Seu ressentimento cresce tanto que acaba deformando sua própria boca, uma metáfora poderosa para os efeitos destrutivos da inveja. Isto ilustra como o ressentimento pode ter consequências duradouras, prejudicando aqueles que o sentem mais do que aqueles que são alvo de tal sentimento.

A moral do conto destaca os perigos da inveja e a importância de aceitar o sucesso alheio com graça. Em vez de reconhecer o mérito no esforço do arenque, a solha permite que sua amargura a consuma, resultando em um castigo físico que simboliza como a inveja pode distorcer a perspectiva e a própria vida de uma pessoa. Os Irmãos Grimm, através desta narrativa, alertam contra os perigos de sentimentos negativos e ressaltam a necessidade de celebração e reconhecimento do mérito alheio em uma comunidade.

A análise linguística deste conto de fadas, „A Solha“, dos Irmãos Grimm, revela várias camadas de significado e características estilísticas que são típicas da narrativa folclórica. Vamos explorar alguns dos elementos linguísticos e temáticos presentes nesta história:

Personificação e Antropomorfismo: Os peixes são personificados, dotados de características humanas, como a capacidade de sentir descontentamento, desejar uma liderança justa e expressar inveja e raiva. Essa personificação é comum em contos de fadas, permitindo que os animais se tornem espelhos das virtudes e fraquezas humanas.

Estrutura Narrativa: A narrativa possui uma estrutura clara e direta, com uma situação inicial de desordem, o desenvolvimento por meio da competição para eleger um rei, e a resolução que traz uma moral baseada na punição da inveja. A simplicidade estrutural é uma característica típica dos contos de fadas, facilitando a transmissão de valores e ensinamentos.

Tema e Moralidade: O tema central do conto gira em torno da ordem social e justiça. A competição para encontrar um líder justo reflete a necessidade de organização social.

A moral final do conto é clara: a inveja e o desrespeito pelas conquistas dos outros trazem punições, simbolizadas pela boca torta da solha. Esse tipo de moralidade é frequente nos contos de fadas dos Irmãos Grimm.

Repetição e Ênfase: A repetição de frases como „o arenque! o arenque!“ destaca o triunfo do arenque e enfatiza o aumento da inveja da solha. Essa repetição serve para criar um ritmo na narrativa e sublinhar pontos importantes, aumentando o impacto da mensagem moral.

Linguagem Simples e Descritiva: A linguagem usada é acessível e direta, com descrições vívidas, como „projetou-se qual uma seta“ para descrever a rapidez do lúcio. Este tipo de linguagem não apenas torna a história envolvente para um público amplo, mas também ajuda na criação de imagens mentais na experiência do leitor ou ouvinte.

Castigo e Transformação: O final do conto apresenta uma transformação física como consequência das ações morais da solha. Essa mudança visível simboliza uma lição aprendida e é uma técnica narrativa comum, usada para mostrar que ações erradas levam a consequências que frequentemente têm repercussões na própria identidade dos personagens.

Em suma, „A Solha“ utiliza elementos linguísticos e narrativos típicos de contos de fadas para transmitir lições de moralidade e virtude, refletindo sobre as fraquezas humanas por meio de uma história aparentemente simples, mas rica em significado.


Informação para análise científica

Indicador
Valor
NúmeroKHM 172
Aarne-Thompson-Uther ÍndiceATU Typ 250A
TraduçõesDE, EN, DA, ES, PT, IT, JA, NL, PL, RU, TR, VI, ZH
Índice de legibilidade de acordo com Björnsson33.7
Flesch-Reading-Ease Índice34.1
Flesch–Kincaid Grade-Level12
Gunning Fog Índice15
Coleman–Liau Índice10
SMOG Índice12
Índice de legibilidade automatizado6.2
Número de Caracteres1.583
Número de Letras1.223
Número de Sentenças20
Número de Palavras279
Média de Palavras por frase13,95
Palavras com mais de 6 letras55
percentagem de palavras longas19.7%
Número de Sílabas523
Média de Sílabas por palavra1,87
Palavras com três sílabas66
Percentagem de palavras com três sílabas23.7%
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