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João Jogatudo
Grimm Märchen

João Jogatudo - Contos de fadas dos Irmãos Grimm

Tempo de leitura para crianças: 7 min

Houve, uma vez, um homem que vivia jogando, por isso era denominado João Jogatudo, pois jogava tudo o que tinha; chegou mesmo a jogar e perder a casa e tudo o mais que possuia. Ora, justamente na véspera do dia em que lhe iam tomar a casa, chegou Nosso Senhor, acompanhado de São Pedro, pedindo que lhes desse pouso para aquela noite. João Jogatudo disse-lhes:

– Por mim podeis ficar, mas não tenho camas nem nada para comer. Então Nosso Senhor disse-lhe que bastava alojá-los; a comida ficaria por conta dêlcs c João Jogatudo ficou satisfeito. São Pedro deu-lhe trés vinténs e mandou que fflsse à padaria comprar um pouco de pão. Ele saiu para ir á pa-
daria mas, ao chegar diante da casa onde estavam os outros jogadores que lhe haviam feito perder tudo, êstes chamaram-no:

– Vem, Jogatudo, entra um pouco! – Pois sim! – respondeu êle – quereis fazer-me perder também êstes três vinténs! Os outros, porém, insistiram tanto que êle acabou entrando e perdeu os três vinténs. São Pedro e Nosso Senhor esperaram um tempão e, como êle demorasse a chegar, resolveram ir ao seu encontro. Assim que os viu, João Jogatudo fingiu ter perdido o dinheiro numa poça de água e remexia lá dentro como se o estivesse procurando; mas Nosso Senhor já sabia que eu tinha perdido no jôgo. Então São Pedro deu-lhe mais três vinténs; e desta vez João Jogatudo não se deixou tentar pelos outros e comprou o pão, levando-o aos hóspedes. Nosso Senhor perguntou-lhe se não tinha um pouco de vinho, êle respondeu:

– Ah, Senhor, os barris estão todos vazios! Então, Nosso Senhor mandou que fôsse à adega, dizendo:

– Ainda há vinho e do melhor; vai ver. João Jogatudo quedou-se um pouco em dúvida, finalmente disse:

– Irei, mas sei que não há vinho algum. Foi à adega, abriu a torneira do barril e logo jorrou um vinho delicioso. Ele encheu o caneco e levou o vinho aos hóspedes, que passaram a noite na casa. No dia seguinte, muito cedo, Nosso Senhor disse a João Jogatudo que pedisse três graças pensando que pediría para ir ao céu, mas João Jogatudo pediu um baralho que o fizesse ganhar sempre, uns dados que o deixassem ganhar todas
as vêzes que jogasse, e uma árvore, que produzisse tôda espécie de frutas e na qual, se alguém se atrevesse a trepar, não podia mais descer enquanto êle mesmo não o ordenasse. Nosso Senhor concedeu-lhe tudo o que pediu e foi-se embora com São Pedro. Aí João Jogatudo pôs-se a jogar mais do que nunca e não tardou em ganhar meio mundo. Então São Pedro dirigiu-se a Nosso Senhor, dizendo:

– Senhor, isso não pode continuar; aquêle malandro acabará por ganhar o mundo inteiro; temos que mandar-lhe a Morte. E mandaram-lhe a Morte. Ela chegou justamente quando João Jogatudo estava no melhor de uma partida. – Vem cá fora um pouco, – disse a Morte. Mas êle respondeu-lhe:

– Espera um minutinho, até acabar esta partida; enquanto isso podes trepar naquela árvore e colhêr algumas frutas para que tenhamos o que lambiscar durante a viagem. A Morte trepou na árvore e, quando quis descer, não pôde. João Jogatudo deixou-a lá em cima durante sete anos e, nesses anos todos, não morreu mais ninguém. Então São Pedro disse a Nosso Senhor:

– Senhor, êsse homem não está agindo direito já faz sete anos que não morre ninguém; precisamos ir nós dois lá embaixo. Desceram os dois e foram ter com João Jogatudo. Nosso Senhor, então, ordenou-lhe que fizesse a Morte descer da árvore. Êle obedeceu e mandou a Morte descer. Ela desceu e agarrou-o pelo pescoço, estrangulando-o. Assim foram juntos para o outro mundo; João Jogatudo chegou à porta do céu e bateu. – Quem é? – E‘ João Jogatudo. – Não te queremos aqui; vai-te embora. Ele então foi bater à porta do purgatório. – Quem é? – E‘ João Jogatudo. – Já temos amolações de sobra aqui! Não queremos jogar; vai-te embora. Então, êle foi bater à porta do inferno e lá o deixaram entrar, mas não estava ninguém em casa, apenas o velho Lúcifer e alguns pobres diabos coxos; os direitos estavam muito ocupados na terra. João Jogatudo pôs-se logo a jogar. Lúcifer porém, não possuia nada além dos seus pobres diabos aleijados, e Jogatudo ganhou-os todos pois com seu baralho ganhava sempre tudo. Aí, com os diabos coxos, êle foi-se embora e chegaram todos a Hohenfurt; lá, pegaram uma vara de colhêr frutos de lúpulo e com ela começaram a forçar o céu; quando o paraíso começou a ranger, São Pedro foi ter com Nosso Senhor, dizendo:

– Senhor, isto vai mal; temos que deixá-lo entrar, se não êle faz despencar o céu. Assim, deixaram-no entrar. Mas João Jogatudo começou logo a sua jogatina. Não tardou muito, desencadeou-se tamanho pandemônio e gritaria que ninguém mais conseguia ouvir o que se dizia. Então, São Pedro tornou a dizer:

– Senhor, assim não vai; temos que atirá-lo para fora, se não êle revoluciona todo o paraíso. Aí, pegaram-no e atiraram-no para baixo; e sua alma partiu-se em mil pedaços, caindo cada pedaço nos antros dos jogadores, onde vive até hoje.

Leia outro conto de fadas curto (5 min)

Informação para análise científica


Estatísticas de contos de fadas
Valor
NúmeroKHM 82
Aarne-Thompson-Uther ÍndiceATU Typ 330A
Traduções english deutsch
Índice de legibilidade de acordo com Björnsson31.4
Flesch-Reading-Ease Índice37.5
Flesch–Kincaid Grade-Level11.7
Gunning Fog Índice12.7
Coleman–Liau Índice9.9
SMOG Índice12
Índice de legibilidade automatizado6.5
Número de Caracteres4.922
Número de Letras3.842
Número de Sentenças60
Número de Palavras880
Média de Palavras por frase14,67
Palavras com mais de 6 letras147
percentagem de palavras longas16.7%
Número de Sílabas1.607
Média de Sílabas por palavra1,83
Palavras com três sílabas171
Percentagem de palavras com três sílabas19.4%

Fontes de imagens: © Andrea Danti / Shutterstock

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